Com a escassez de chips praticamente resolvida, um mundo que voltou ao normal e um mercado cujas vendas caíram nos últimos meses, seria de esperar uma queda de preços no setor móvel. No entanto, sempre que um novo telemóvel é lançado, os preços continuam a aumentar.
Você viu isso com o lançamento do Galaxy S23, com o iPhone 14 e até com a enorme diferença de preço que terá o OnePlus 11. Por si só, este é um problema bastante chato, mas parece que as coisas vão piorar no nosso país. A razão? Espanha vai aumentar o preço dos telemóveis e tablets devido à pirataria.
A taxa digital aumentará 200%, embora seja mais ruído do que nada
O Ministério da Cultura espanhol acaba de propor um decreto que inclui um aumento de 200% no valor atual do “cânone digital”. Caso você não saiba, isso é um imposto especial que nasceu para compensar as gravadoras devido aos elevados níveis de pirataria em Espanha. No entanto, foi expandido para todos os tipos de conteúdo protegido por direitos autorais e seu alcance ainda afeta muitos dispositivos eletrônicos. Entre eles, o smartphones e comprimidos.
O novo documento ainda não foi aprovado em Conselho de Ministros, mas está em cima da mesa e aguarda discussão. Se for oficializado, telefones celulares começarão a pagar uma taxa 3,25 euros (antes 1,10 euros) e os tablets 30,75 euros. Esse imposto é cobrado diretamente do consumidor, então a diferença é somada ao preço final do produto nas lojas. Não será uma mudança significativa que você encontrará quando for pagar pelo seu novo celular, mas o aumento está aí.
Além disso, a nova regulamentação amplia o alcance de aplicação da taxa digital, pois inclui aparelhos que não eram amplamente vendidos em 2017 (última modificação). Existem diversos produtos, mas entre eles há um nicho que está em pleno andamento: o de relógios inteligentes, que começarão a pagar uma taxa 2,5 € (ambos com watchOS e Wear OS).
A nova taxa digital pode entrar em vigor em breve, os fabricantes não concordam
Embora ainda não tenha sido aprovado, O Conselho de Ministros deverá aprovar o decreto antes do final de fevereiro. Caso isso seja feito, será estabelecida uma data para sua entrada em vigor e para as lojas começarem a cobrar a nova taxa.
Esta proposta não foi bem recebida pelos fabricantes do sector, pois consideram que não faz sentido continuar pagando pelo direito à cópia privada. Seu argumento sugere que se trata de um conceito que está caindo em desuso entre os usuários, já que a maioria consome música e outros conteúdos multimídia via streaming. Copiar um disco para manter a cópia ou vendê-lo está se tornando cada vez menos comum.